segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Saudade pueril

Badala em meus ouvidos
O sino da minha saudade pueril.
Sinto fome do tempo
em que me esvaia em inocência

Corro até onde me permitem
os pulmões de fumante
e não consigo me lembrar
onde parei em minha decadência.

Saudade pueril:
Onde em meu sonho grita.
(um torpe vazio surge).

Pois o mundo agora é roto
e o céu  pesa diferente
A terra molhada tem cheiro bruto
e a brisa nasce morta.

E em um lapso de tédio
permito-me sentar ao relento
e olhar sem culpa
a falsa infância que perdura ainda.

Um comentário:

  1. Às vezes, mestre Fran me permito sonhar com a puêricia. Penso em como mudá-la antigamente refleteria no meu atual momento.E tudo o que me surge são pensamentos, de que seria ainda mais velho que sou agora e que na minha vida teria ainda mais cerveja e alguns amores falsos.

    ótima essa sua poesia, meu amigo!

    abraços

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