A luz se esvaindo
caprichosamente...
Enquanto ela morde os lábios,
eu espero, e fumo...
Não! Não fumo mais.
Nossa! é tudo tão rápido
austero, inexequível.
O tempo.
Esqueci-me o relógio
Os ponteiros. A bateria.
Ela morde os lábios...
Um cigarro. Não!
Não fumo mais.
Só mesmo o tempo
e ela, a parte mais breve do orvalho.
e a boca sem saliva.
Nossa!
foi tudo tão premeditado.
Os discos, os papéis de cigarro,
a sede mesmo tendo cachaça.
Nossa!
Foi tudo tão efêmero,
que até o tempo morrera na ponta do orvalho
ilimitável e sozinho.
... a sede, a seda, o cigarro, primeiro e ultimo, inicio e fim de todo mistério. onde o efemero se deita e oscila, onde ninguem sabe onde se começa um, onde se finda outro, onde se nasce dia ou se morre noite.
ResponderExcluir- eis o mistério da fé.
e o tempo, indignamente ou não, se deixa morrer com as primeiras gotas de orvalho.
O tempo. O tempo pode ser contado em tudo, até mesmo em um cigarro, a cinza que se esvai. Não preciso de relógio, mas vejo o tempo que passa lá longe, na fumaça do cigarro e na noite que cai.
ResponderExcluirMuito bacana!
;))