sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

...No ébrio dos olhos postiços

...Na varanda,
no vai e vêm da rede
ouço o barulho
sem cheiro da chuva,
enquanto o leve do sono
me abarca em olhos postiços.

e na saudade,
no vai e vêm da rede
no enquanto quente
toque das mãos,
o ar sentido da boca
respira, inspira
na volúpia ébria
que os olhos devassam;


na pele
o arrepio sem tons
de cores
se embaraçam
ao suave, áspero,
sem som da língua.


E nesses pequenos pedaços
de vícios imaculados
em telas aquarelas
vão os regalos
se partindo em manhãs
frescas de tinta.

5 comentários:

  1. e na varanda a tarde dorme, a lua se deita, a voz some. o corpo se perde e se perdendo, se encontra.

    tarde tem sempre esse gosto leve, tímido, de nudez.

    sigamos.


    abraços, moço. e continuo, mesmo em demora, me embalando nas tuas palavras e cores.

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  2. rede...espaço que sempre nos cabe, não importando os tamanhos...
    dormir sem abraçar morfeu...
    chover simplesmente...
    o nada e o tudo são simplesmente a msm coisa...
    nunca...palavra sem alcance...
    ou seja...infinito e caos.

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  3. SIMPLESMENTE PERFEITO SEU TEXTO.
    eu me sinto como se eu fosse uma dor eterna.
    mais preçiso parar um pouco de expor isso.
    pqe nem sempre as pessoas gostam de ficar lendo aqueles textos melancolicos. nao sei. ;s

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  4. Tem dias que o nosso refugio é o sono.../

    Bom ler-te!

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  5. confesso qe não sou grande apreciadora de poemas, nem tão-pouco consigo escrevê-los.
    mas tenho qe dizer que os seus são lindos e sentidos.

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