sexta-feira, 19 de junho de 2015

Em cada copo que se vira

Em cada copo que se vira
Uma desventura ao incerto
Se ejacula!

Dá-se pouca vergonha à carne,
E boa índole aos santos que maculam.
A paz terá a vela nos cultos;
Aos exus, padês e charutos.

E ao ser que nada vale
Dar-se-á fé

Como fonte de iluminuras!

Rezas, vozes e sinas



O nome meu que é tão pequeno
Perto de tudo que tem nome
Tudo é tão grande e infinito
Bonito,
Bobagem.

Um sorriso grande
A porta abre
Um silêncio
Quando a morte almeja
A vida meu sussurro breve
Propaganda de anunciação!

Meu pronome nome
Tão pequeno
Um verso imerso
Na putrefação.

A palavra noite agora chega
Enquanto o dia se amofina
Numa ciranda de saudade,
Tão sem nome
Tão sem rima.