terça-feira, 17 de maio de 2011

Requiem de corpos ao Éter

Corpos ao éter
celeste;
espaço entre sóis
e os sonhos, nós
ao vento, brisa.

Caídos ao desfolhar do outono
pluma, descompasso em passo
sem sede, sem tato
ofuscando ao lento
relento, sem alpendre, sem lume.

Escuro sem teto, noite
madrigais escancarados
ao vácuo que se estende
por ruas sem finais.

E no medo que a mão segura
cura, e no veludo toque do avesso
me descabaço
ao ar nascido aberto

dia... ou... seria lua?

Requiem de corpos ao éter
nós, ao vento
nos desfolhando ao outono
brisa...