terça-feira, 17 de maio de 2011

Requiem de corpos ao Éter

Corpos ao éter
celeste;
espaço entre sóis
e os sonhos, nós
ao vento, brisa.

Caídos ao desfolhar do outono
pluma, descompasso em passo
sem sede, sem tato
ofuscando ao lento
relento, sem alpendre, sem lume.

Escuro sem teto, noite
madrigais escancarados
ao vácuo que se estende
por ruas sem finais.

E no medo que a mão segura
cura, e no veludo toque do avesso
me descabaço
ao ar nascido aberto

dia... ou... seria lua?

Requiem de corpos ao éter
nós, ao vento
nos desfolhando ao outono
brisa...

4 comentários:

  1. Olá Francisco!

    Belo poema de amor nesses dias de frio e chuva.
    "E no medo que a mão segura
    cura, e no veludo toque do avesso
    me descabaço
    ao ar nascido aberto"
    Tenho gostado bastante de sua poesia. Penso nesse frio cortante, nesse ar que descabaça, mas penso nas mãos que se dão na rua, nos abraços, goles e tragos quentes. Apesar dos pesares esses dias acabam por nos esquentar. Estranho né... rs

    Abraço de inverno!

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  2. Dá vontade de sair no frio, só para encontrar quem nos aqueça assim.

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