E daqui do alto
me entardam
o ar pálido
de vitrais sem nexo
e no balanço
toque do ar
me penetro
por vielas surdas
me espremo
por ladeiras mudas
ao som dos atabaques,
escravos
do maracatu sem alforria,
rostos se censuram
na alegria
da noite que enfim se parte...
E daqui debaixo
no avesso toque
polido do ar
me ignoram as serpentinas
sob murais de metáforas riscadas.
E na cadência de ladeiras, vielas
pés descalços,
sob a alforria do dia,
se penetram a dentro os carnavais.
Recife.
Poeticamente recitando, "recifando"... Os carnavais, o maracatu, as pernas que se mantêm erguidas e os passos à beira do sotaque.
ResponderExcluirLindo, cara, lindo!
saudades, porra
abraços
Oi.
ResponderExcluirfico feliz por você ter se identificado com aquela frase do meu texto, e muito obrigado por estar seguindo e por ter gostado do meu blog.
estou te seguindo tambem..
Francisco,
ResponderExcluirantes de tudo, muito obrigada pelo comentário no meu blog, pelo incentivo e por estar me seguindo, também me tornei sua seguidora.
Você escreve super bem. Gostei muito do poema.
bjs
Obrigada mesmo por ter gostado do meu texto.
ResponderExcluirGostei de tudo por aqui também.
Intenso.
rostos se censuram
na alegria
da noite que enfim se parte...
Censurar/alegria/partir.
Palavras que se completam numa mistura elegante...
To te seguindo com certeza!
Beejo
a intensidade das tuas cores, a força do teu carnaval que é tanto de cada um de nós, a força que vem de longe, de outros continentes, trazendo outros ventos e outras vozes.
ResponderExcluirMe veio essa canção do Milton:
"Noite chegou outra vez de novo na esquina
Os homens estão, todos se acham mortais
Dividem a noite, lua e até solidão
Neste clube, a gente sozinha se vê, pela última vez
À espera do dia, naquela calçada
Fugindo pra outro lugar."
[Clube da Esquina, Lô Borges / Márcio Borges / Milton Nascimento]