Acima da desolação
Dorme a noite em transe
Inérte. Infértil. Acesa
Me embala então esse
caos afoito,
esse arbítrio livre
de mesmices tolas.
Sob o céu,
de onde partem
o sul e o norte
de enseadas vontades,
Quasímodos cantarolam
o corte da cana,
o chão suado,
a pele dura,
...o amor...
Acima da desolação
o Cânhamo sentido
versos e valsas
e as trovas mesmas
e o arbítrio sádico.
Sob o sol
a Cana.
Recife-Rio de janeiro
"esse arbítrio livre
ResponderExcluirde mesmices tolas."
esse trecho muito chamou minha atenção, um poema belíssimo!
Um lindo poema o seu, sua alma se agita de uma forma sublime, um mar revolto!!
ResponderExcluirbeijos
'Acima da desolação".. há tanto por vir ...
ResponderExcluirObrigada pela presença em meu cantinho ...
beijoos e bom inicio de semana pra tí ...
Sob o sol, a lucidez das palavras, a solidez do vento, do tempo roto, do medo torpe, da angústia insone. Sob o céu, tudo o mais, a baixo, ao lado, por dentro, por onde. por sempre, sempre.
ResponderExcluirtuas palavras me caem sobre a cabeça, sobre o peito, sobre as horas em que me embalo e me perco e me vou, escurecendo.
Abraços, smepre, moço.