sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Fragmentos

Sua o frio
Que a boca transpira
No roxo vento
Que o rosto condena

Pois o céu errado seja
E que deus no céu errado esteja

Que os olhos sejam réles
E a morte esteja febre
Que o delírio coma pele
E a cura veneno engana

Que o sorriso a mingua parta cru
E o veludo seco que a veia inflama
Na faca surda que o ventre suga
Trema breve em rubro sangue

Pois é no meu cigarro
Que eu trago o ócio
Que se esvai
Em fumaça bruma

Pois é do alto
Que se cai à chuva
Calando o silêncio
Em gotas sombras.

Um comentário:

  1. Há! Esse é o meu garoto... Porra, Fran que poesia foda essa! "Que os olhos sejam réles
    e a morte esteja febre
    Que o delírio coma pele
    E a cura veneno engana" (queria ter escrito isso. Ihhh a lá, fui o seu primeiro, isso é pra sempre! ahhahauahuahu

    beijos cara

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