quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Eu, para sempre Tudo!

Eu sou
o prazer contido
na lágrima da menina
possuída à força.

Eu sou
a coragem
que promete
o paraíso ao suicida.

Eu sou
a clausura
dos que têm medo
de enfrentar a derrota.

Eu sou
a raiva domesticada
da mulher
que apanha calada.

Eu sou
a vergonha
da prostituta
assediada por seu pai.

Eu sou
o homem
 que perdeu a esperança
no boteco da esquina.

Eu sou
o pranto desconsolado
da mãe
do filho drogado.

Eu sou
a carência
o distúrbio, a doença,
o egoísmo, a violência.

Eu sou
o Tudo
em seus dias
de Nada.

2 comentários:

  1. Fran... Cara, isso espremeu meu peito contra a parede, meu coração ficou apertado... Quantas situações de tudo já fui no nada dos outros? Meus dedos não contam. vamos tomar uma cerveja hoje.Tô em Miguel Pereira. Acho que o vento pode me misturar hoje. Rs...

    abraços

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  2. Há tanta poesia em teus olhos, moço...

    entre toda desesperança, há sobretudo, poesia.

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