sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Um Céu... de Metafísicas!?

Um céu... de Metafísicas!?

Sim, desejo um céu
de madrigais insolúveis
Um céu de carcaça árida
de Peiotes mastigados
que me maravilham os olhos.

Sim, desejo um céu
de esperanças incertezas
Um céu débil
de pequenas miniaturas
que se mesclam ao vácuo.

Sim, desejo um céu
um céu embrulhado, desbelotado
expelido em fumaça, algodão
alfazema sem cheiro.

Desabrochado, embebido
sucumbido, destilado.

Sim, desejo um céu
de subterfúgio sublingual
um céu que me drene a veia
enquanto mancha a borda do copo

Um céu que me caiba
sem abstinências
um céu de improvisos de blues
descalços.

Um céu...
sim, desejo um céu
um céu que seja. Sem ser.
Sem náuseas...
Sem deus.

Um comentário:

  1. "Leve-me para esse céu se queres, se desejas, pois é nesse céu que pretendo refocilar nas nuvens".

    Maravilhoso, Fran, maravilhoso!

    abraços

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