Amofina o corpo em cólera
morfina:
dor sem tédio.
Sem aviso,
vamos morrendo
ao som noturno
dos atabaques de umbanda.
À noite
ao gosto do café amargo
se perguntam os olhos,
onde é agridoce
a rotina de não estar
em lugar algum.
Sem culpa a lingua é meio
então corrói-me
em pequenas abstrações
o cuspe; ácido; porquês
nossos, ser levianos
enter lençóis, casulos,
entre o nosso antes de existir.
Então se finda
a noite muda,
partindo ao seio
o veludo da língua
Amofina o corpo em cólera
Morfina...
será o verbo percorrendo nosso corpo sonâmbulo? será a noite se debruçando sobre nossa alma perdida? dormiremos, então, esse sono dos loucos.
ResponderExcluirA loucura ácida das tuas palavras me dilacera.
Puutz!!! Tuas palavras alargam o que quer que seja esse vício, o que quer que seja a virtude. brindemos, então, à essa nossa grande-pequena (in)compreensão ( com cerveja barata). E sejamos, nós mesmos, os goles amargos na garganta.
ResponderExcluirNoite serena pra ti,ò moço.
que poema!
ResponderExcluirseu jogo de palavras é fantástico!
adorei mesmo!
Meu Deus... isso é bom demais!!! Adorei!
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