O piano regendo às calçadas,
Vícios, beatitudes, fogo.
Se arrastam, os blocos
por madrigais desabrochados.
Sem cura vamos nos serpenteando
ao mal que sobra
temos noites, ácidos e pele
vamos às raspas
nos abrindo feito porta
deixando entrar
um meio amargo de flauta doce
a violentar nossos dias pequenos.
O piano regendo às calçadas
noite a dentro, dentro do eu
lírico, ou prelúdico, ou gripado.
A porta da Casa aberta
Deixei entrar, desabrochar, se espalhar
o ocre doce do perfume, tinta fresca
não vi sair. A porta da casa aberta.
- Eu que só queria o cheirinho de mulher...
Lúdico, cansado, esvaído
o piano a reger as calçadas.
o cheirinho ido,
partido, sofrido, querido...Longe!
Cara, como me identifico com isso.
ResponderExcluirTua poesia tem um choque de tempo, um bulimia quase nonsense. Enchem meus olhos de sentido!
Caminhemos enfim para o enfim do caminho!
... temos noites, ácidos e pele. e temos frio, e medo, e já não somos os mesmos, quem dera. e que dia, entre distâncias e sorrisos que escorrem pela porta agora( e sempre?) aberta.
ResponderExcluirAbraços, Fran, ao som do piano que inflama.