sábado, 26 de fevereiro de 2011

O arder da febre em ópio !

Desabrocham as nuvens
ao encanto das oliveiras,
enquanto se medram os corpos.
Se medram os vícios.
O desejo.

Eu quero tocar o corpo
E perceber o quanto treme a pele.
Sim, eu quero o cheiro.
O hálito da boca.

Sentir o quente dos olhos
O arder da febre em ópio!
O deitar simultâneo das vontades.
Balbuciar o cabelo ao toque das mãos.

- Inflama comigo!

A música ao fundo...
Embalando a casca, com cheiro de oliva.
Sim, eu quero, o Suor
escorrendo por dentro da veia.

Queima o que arde em febre,
ao toque dos pés descalços,
de mãos dadas,
enquanto se mistura a libido
no calor preto e branco de suas cores!


                                                                               à Dani Santos,
                                                                                                a namoradinha cajuína.

2 comentários:

  1. Voluptuosa a poesia!

    Corpo, música, libido, desejo, cores, olhos, febre, vícios, ópio. A loucura entra na roda, e agora, aqueles que não tiverem coragem de misturar o mal e o bem, o desejo e o asco, que por favor se retirem.

    Abraço!

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