terça-feira, 8 de maio de 2012

Entre Frestas e Arestas

A manhã de hoje
nasceu num acordar:
Breve e pintada em azul!

Coincidentemente, junto ao dia,
ela acordara, espreguiçara e
erguera seus pensamentos para
além da cabeceira da cama
e constrangera-se, sozinha,
ao perceber que não sonhara.
Ou apenas esquecera de sonhar?
Abstraíra a consciência do que era,
pois, já não mais era.
Debochara-se
E salientemente, esboçara sorrir.

" O silêncio é tão maior que a vida!"
e enchera-se de solidão e saudade.

O quarto ainda escuro
amadurecia a ideia de dia,
e se clareava preguiçosamente.
A brisa leve e prematura,
sussurrava às frestas da janela
um porvir,
quase que sem esperança:
Nesta manhã
ela deixará  pra trás
seus dias pequenos,
deixará para trás
seus amores por vaidade do amor,
deixará para trás
tudo que é oco, roto e sem cheiro.

Ela acordara, momentos atrás,
coincidentemente junto ao dia,
que ela não viu nascer,
pois, foi breve e pintado em azul!

2 comentários:

  1. É preciso despertar, mesmo entre silêncios, saudades e solidões.
    Reinventar cada amanhecer. Ver o azul, como se azul fosse a cor da vida sem igual...

    Obrigado pela visita, Francisco!

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  2. Um despertar assim, faz-me querer viver na cama. passar o dia acordando. lentamente. em azul.

    desculpe-me a demora, mas teu comentario roubou-me as palavras. sobre o que escrevo e por que foi você quem disse.

    um beijo

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