Sua o frio
Que a boca transpira
No roxo vento
Que o rosto condena
Pois o céu errado seja
E que deus no céu errado esteja
Que os olhos sejam réles
E a morte esteja febre
Que o delírio coma pele
E a cura veneno engana
Que o sorriso a mingua parta cru
E o veludo seco que a veia inflama
Na faca surda que o ventre suga
Trema breve em rubro sangue
Pois é no meu cigarro
Que eu trago o ócio
Que se esvai
Em fumaça bruma
Pois é do alto
Que se cai à chuva
Calando o silêncio
Em gotas sombras.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
Somente o mesmo
Fiz-me poente
na ausência que tangia
as muitas mesmices
dos amorores caricatos
E agora só me restao pouco
E em derrota falha
nego-me ao sarcasmo
que me restam
os sorrisos dúbios
E agora só me faltam as horas
Perdi-me
e não faço idéia onde,
Talvez nos sorrisos caricatos
Talvez nos amores dúbios
E agora só me sobra o gozo.
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