Nesse dia azul nublado
seguem os transeuntes a respirar um céu grosso
e na ausência cor de cinza,
que se perdem à mingua os olhos,
se diluem por ruas sem cheiro.
Eu não estou aqui
para vê-los embassasr o reflexo em vidro
nem pra coisa alguma
que se exista sem ver.
Nesse dia azul nublado
seguem os transeuntes a espreitar a chuva miúda
a sentir a brisa rala
a tocar o silêncio dos olhos
que não mais marejam o chumbo.
Eu não estou aqui
pra vê-los engasgar em bocas sem riso
Eu me perdi por aí
quando não mais me precisei estar.
quarta-feira, 16 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
Ou..Ou se...
E se o tempo nascesse de um ovo?
Ou se nascessemos dessa casca oca,
enquanto nasce o sol breve e sem pele?
Ou se findassemos num cigarro ócio?
Ou...Ou se...
Se ficassemos a fosforescer
o ir delicado das mulheres,
em um sublime vai e vem
de silhuetas acesas...?
E...se ficassemos parados,
esquecidos, ausentes
esperando pela parte finita das horas?
Ou... Ou se...
Se nós apenas estivessemos?
Ou se nascessemos dessa casca oca,
enquanto nasce o sol breve e sem pele?
Ou se findassemos num cigarro ócio?
Ou...Ou se...
Se ficassemos a fosforescer
o ir delicado das mulheres,
em um sublime vai e vem
de silhuetas acesas...?
E...se ficassemos parados,
esquecidos, ausentes
esperando pela parte finita das horas?
Ou... Ou se...
Se nós apenas estivessemos?
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